Embora não existam especificações formais que definam cada tipo, esses dispositivos possuem características e funções distintas
O modelo de interconexão hierárquico para redes inclui camada central, camada de distribuição e camada de acesso.
Assim, os comutadores que trabalham nessas hierarquias são chamados, respectivamente, de switch core, switch de distribuição e switch de borda.
Acontece que classificar um switch de forma genérica e não considerar a infraestrutura pode levar a erros técnicos de projeto.
Assim, para evitar confusões com as nomenclaturas – que, por vezes, não são compatíveis ao uso –, é preferível indicar o tipo de equipamento de acordo com cada aplicação.
Entenda, a seguir, os switches a partir dos cenários de implantação.
• Switch core
O switch core associa-se aos comutadores centrais de infraestruturas de TI, isto é, aqueles que centralizam o tráfego de dados de outros switches.
Esses equipamentos geralmente são velozes, possuem grande capacidade de comutação de pacotes e várias portas de alta velocidade.
Esse tipo de configuração é comum em redes pequenas, de algumas poucas dezenas de equipamentos.
Também, alguns switches corporativos instalados em grandes data centers podem ser considerados switches core.
Isso porque são responsáveis por receber e gerenciar o tráfego de rede de servidores, storages e outros switches.
• Switch de distribuição
O switch de distribuição, por sua vez, é um elemento intermediário entre os switches core e os switches de borda.
O equipamento, geralmente, é aplicado a redes locais de empresas de grande porte, com outros múltiplos dispositivos conectados.
Ou seja, quando a rede é muito grande, muitas vezes, é o caso de adicionar mais uma camada de switches.
Pois em projetos onde se tem vasta quantidade de switches de borda, fica complicado e caro conectar todos ao switch central.
Imagine, por exemplo, uma rede com milhares de equipamentos vinculados a uma centena de switches de borda.
Haveria, por conseguinte, a necessidade de um switch de core com centenas de portas.
É neste caso que aplicam-se switches intermediários, que são então denominados switches de distribuição.
/assim, o principal papel aqui é limitar a quantidade de conexões de um switch core.
• Switch de borda
O switch de borda, ou de acesso, é o único comutador que interage diretamente com dispositivos operados por usuários finais.
Neste caso, por computadores, impressoras, telefones IP, câmeras IP, entre outros.
Enquanto os servidores e roteadores, inclusive de acesso à internet, ficam conectados ao switch de core.
Esse tipo de switch é o responsável pela conexão de todos os endpoints ao backbone da rede.
Por esse motivo, os switches de borda geralmente são equipados com mais portas de entrada que seus pares.
Também, por isso, eles custam menos e oferecem a menor taxa de transferência por porta.
Compreende-se, portanto, que a definição de um switch – core, distribuição ou borda – se dá pela necessidade do projeto.
É o arquiteto da rede quem deve indicar a capacidade do switch em cada posição.